quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

VIDA

Quando paro para observar a vida
percebo que ela é repleta
de alegria, cores, cheiros e amores.
O problema de viver feliz
está em teimarmos viver
de forma vazia,
fazendo da alegria, das cores,
dos cheiros e dos amores,
coisas menores,
enquanto perdemos tempo
nos prendendo no vazio
da dor e da tristeza.
Balbueno – 22/12/2009

MEU MUNDO

Não sei dizer se meu mundo
é feito de sonhos ou real.
Sei apenas que deixo a porta aberta
para você que por aqui passa,
e nele não vou tentar te prender.
Você será livre para conhece-lo,
e caso dele não goste,
a porta continuará aberta,
e a estrada que te trouxe ainda existirá
para que por ela você siga,
e talvez um dia volte.
Eu ainda não saberei dizer
se meu mundo é feito de sonhos ou real,
mas confesso que sempre soube
que vou adorar poder dizer
que ele é nosso.
Balbueno – 22/12/2009

FORMIGUINHA

Sobre a folha seca
de minha vida
flutuo pelo oceano
do meu amor,
esperando ser levado
pela corrente até
uma ilha chamada sorriso,
e nela poder rolar
nas areias do carinho,
sentir a brisa dos abraços,
saborear frutas
com sabor de beijos,
me bronzear
ao sol da paixão,
e adormecer
sob o luar do amor.
Balbueno – 22/12/2009

MORDIDA

Mordi teu pecado com tanto amor
que nele uma marca deixei.
Comigo, apenas a lembrança
do gosto doce que ele tem guardo,
enquanto sem saber fico pensando
se na marca que meus dentes fizeram
consegues sentir o amor
que contigo deixei.
Balbueno – 22/12/2009

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ÁGUA MORNA

Em teu corpo junto ao meu
a água morna escorreu
levando a espuma que minhas mãos
em tuas costas espalhavam com carinho.
Meus beijos faziam
teus pelos arrepiarem,
e tua língua na minha enroscar.
Teu corpo roçando no meu pedia mais,
e de repente a água morna
já não escorria sozinha em nossos corpos.
Mas do banho sozinho saí
pensando no que tinha acontecido,
e me deitei para dormir,
pedindo para o sonho continuar.
Balbueno – 17/12/2009

NUVENS SELVAGENS

Não espere me encontrar
vestindo couro,
sentado em uma motocicleta,
viajando por estradas
que não conseguirão
me levar para longe de mim.
Se for para tentar fugir,
prefiro cavalgar nuvens selvagens,
pois se elas sonhos forem,
não vou precisar me preocupar se cair.
Bastará acordar, abrir os olhos,
e ver que elas não existem.
Balbueno – 17/12/2009

EM TUAS MÃOS

Seguras um mundo
em tuas mãos,
e nele vês crescer
o amor que não morreu:
amor teu,
amor meu,
amor nosso.
Balbueno – 17/12/2009

LOBA

Na lenda,
você alimentou meninos,
e eles fundaram um império.
Na realidade,
você me alimentou
com teu amor,
e por esse império eu luto.
Balbueno – 17/12/2009

VOCÊ

Teu perfume me fez pousar,
teu carinho me fez voltar,
teu gosto doce me faz ficar,
e você me faz amar.
Balbueno – 17/12/2009

MELODIA

Nas curvas do teu corpo
encontro os acordes
para a melodia de teus gemidos.
Balbueno – 17/12/2009

ARQUEIRA

Vem, é hora;
Vem, agora!
Em meu coração
crava a flecha
do teu amor.
Fere-o bem fundo,
alimentando-o,
e dele suga o amor
que quer ser teu.
Balbueno – 17/12/2009

PEDIDO DE UM MAGO

Nenhum feitiço vou fazer,
mas te peço que faças.
Enfeitiça meu olhar
com o brilho de teus olhos;
Molha minha boca
com um beijo doce;
Pega minha mão
e leva até teu coração,
mostrando-me que por mim ele bate
enquanto tuas mãos
abrem as portas de meu coração,
e nele vem fazer tua morada.
Balbueno – 17/12/2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

EU PENSO EM VOCÊ

Já é noite,
e aqui estou eu tentando
pensar no que fiz durante o dia,
além de pensar em você.
E quando faço isso percebo
que não consigo lembrar
de nada além de ter
pensado em você,
e brigado contra a vontade
de te procurar,
e gritar que te amo.
E pensando em você,
aqui vou lembrando... de nós.
E lembrando de nós,
vou olhando para dentro de mim
tentando me encontrar,
sentir a mim mesmo,
e descobrindo que dentro de mim
só sinto você, e encontro nós dois,
sozinhos, procurando... por nós.
E assim vou me deixando levar,
tentando chegar até você,
e mais uma vez me vejo pensando...
em você.
E pensando em você
vou guardando meu amor,
onde sei que você sabe que ele vive.
Vou vivendo de saudade,
e vou calando em meus lábios,
o que você quer calar nos seus.
E calado vou pensando em você,
enquanto meu silêncio
vai gritando que te amo.
Balbueno – 14/12/2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

VIRTUALIDADE?


VINHO

O vinho tinto
até o quarto te acompanha.
Depois o sono te leva em sonhos,
e durante eles,
tua mão na taça esbarra.
O vinho sobre a cama,
escorre molhando o lençol.
Mas em teus sonhos sou eu,
com meu amor,
quem teu corpo molha,
e a lembrança vem
quando tu acordas.
Balbueno – 10/12/2009

SUBINDO DEGRAUS


IARA

Tão linda és,
e sabes que te olho,
sem o desejo poder conter.
Olhe para mim moça,
deixe-me sorrir para você.
Depois, sorrindo,
cante para mim,
estendendo teus braços,
envolvendo-me num abraço,
levando-me para teu mundo,
fazendo com que ele
meu também seja.
Moça,
vira menina dengosa,
mulher amorosa,
e deixa teu canto dizer...
fica aqui sendo meu.
Balbueno – 09/12/2009

REVOADA

Pela manhã em revoada,
com suas asas os pássaros
vão riscando as nuvens,
desenhando um rosto.
Os raios do Sol chegam
para fazer os olhos brilharem,
e o vento faz um sorriso
no rosto surgir.
Eu olho a imagem,
e vem a vontade
de teu nome dizer.
Os pássaros percebem,
e mais rápidos que eu,
cantam teu nome
para que eu possa ouvir.
Balbueno – 09/12/2009

sábado, 5 de dezembro de 2009

PENSAMENTOS


ASAS

Anjo nunca fui
mas gostaria de asas ter,
para voar e te encontrar
nesse vazio teu e meu,
e mais que proteção dar,
poder te acarinhar.
Balbueno – 05/12/2009

NO HORIZONTE


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

DISTÂNCIA

Distância...
Norte, Sul?
Que importa?!
Ela existe,
para tudo,
para todos,
e ela dói.
Algumas coisas ajudam
a diminuir a distância,
e costumamos usa-las,
muitas vezes quase que escondidos,
com medo,
sem querer.
Por que?
Porque sabemos que a saudade
vai aumentar,
doer ainda mais,
mas usamos.
E chegam as imagens:
imagens que vemos,
imagens que criamos,
imagens que de repente não entendemos.
Chegam também os sons:
os que queríamos ouvir,
os que não queríamos,
e os que ficaram presos na garganta.
Depois o som parte,
levando com ele as imagens que criamos,
e deixando conosco as que sabemos ser reais.
E elas ficam doendo
em forma de saudade,
nos olhando na distância.
Balbueno – 30/11/2009

domingo, 29 de novembro de 2009

METADE




JARDIM

Minhas mãos não são
um jardim repleto de flores,
mas gostaria que você
até elas viesse,
e recebesse não uma flor,
mas o perfume de muitas
que já peguei
pensando em você.
Balbueno – 29/11/2009

TEMPO

Certas coisas são engraçadas.
Costumamos dizer frases como
“tenho o meu tempo”.
Pobre ser humano,
que se agarra a ilusões!
Nunca tivemos o tempo.
Ele sim sempre nos possuiu,
e por nós passa,
indiferente ao “tempo”
que alegamos ter ou não,
que aproveitamos ou desperdiçamos,
e que pensamos ser felizes ou tristes.
Ele simplesmente passa,
senhor absoluto,
enquanto suplicando sonhamos
com o tempo que nunca teremos,
e no qual poderíamos
fazer tanta coisa.
Balbueno – 29/11/2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PÉ DE FEIJÃO

Sobre meus sonhos,
ainda sementes,
deitei e dormi.
Dormindo não via
que as sementes cresciam,
me envolviam,
e me arrastavam.
Ao acordar percebi
que dos sonhos era prisioneiro,
deles não podia sair,
a eles pertencia,
e que a realidade ria de mim.
O que senti nessa hora,
se vergonha ou raiva, não sei.
Sei que não encontrando um machado,
do alto do sonho que eu era
pulei olhando para a realidade
que lá embaixo rindo me esperava.
E por mais contraditório
que possa parecer,
agora enquanto despenco
do alto de meus sonhos,
do topo de mim mesmo, sonho.
Sonho vivo ficar quando
no chão da realidade cair,
e se conseguir acordar,
aqui voltarei
para contar.
Balbueno – 27/11/2009

MEU AMOR

Se rasgar meu peito
conseguirei mostrar meu coração.
Amor, mostrar não vou poder,
porque amor não vemos,
sentimos.
Mas sentir o meu amor
você só vai conseguir
quando descobrir que
ele é como o seu,
dono de erros,
e com a ilusão
de ser perfeito.
Balbueno – 27/11/2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SOZINHOS

Suas mãos
pelo corpo correm.
No vazio do quarto
seus olhos me buscam.
E eu, sozinho e distante,
só posso sentir seu desejo,
e deixar minhas mãos
pelo meu corpo correr,
esperando que no seu prazer
possa também sentir o meu.
Balbueno – 23/11/2009

SELVAGEM

Mulher, fera,
fera, mulher,
não importa.
De mansinho chega,
e quando percebo,
atacou, me abateu,
e sorrindo te sinto
meu prazer devorar.
Balbueno – 23/11/2009

domingo, 22 de novembro de 2009

PECADO TEU

Eu, pecado teu,
quieto, diante de ti aguardo.
Aguardo o desejo de tua boca,
a tua vontade pelo meu gosto,
os teus dentes,
os teu lábios...
Aguardo você,
aguardo por nós.
Balbueno – 22/11/2009

APENAS SILÊNCIO

No silêncio de meus pensamentos
caminho pelo silencioso
vazio de meu ser
tentando não ouvir
o barulho ensurdecedor
do silêncio que me envolve.
Balbueno – 22/11/2009

VERMELHO

Hoje escrevo em vermelho,
a cor do sangue,
não para dor querer aparentar,
ou tristeza mostrar.
Escrevo com o vermelho do sangue
por ele ser a vida
que em minhas veias corre.
Balbueno – 21/11/2009

CATAPULTA

Deixar-me afogar
num mar revolto
por lágrimas de tristeza
seria fácil demais.
Prefiro da fúria das ondas
catapulta fazer,
e ao céu me lançar.
Balbueno – 21/11/2009

IMPÉRIO DO SILÊNCIO

A boca prende
o que n’alma vai;
A alma esconde
o que no coração vive;
O coração cala
para a boca não ser traída.
E por nada se poder ouvir
o silêncio impera
como se verdade fosse.
Balbueno – 21/11/2009

MEDO

Medo?
Tenho alguns.
Mas de todos,
o que mais me apavora,
é o medo de algum dia
os teus medos
virem a ser meus.
Balbueno – 21/11/2009

VOCÊ VEIO

Você veio,
e sobre meu corpo,
agora frio,
seu corpo deitou.
Não sei se buscou meu amor,
não sei se trouxe o seu.
Do calor de meu amor,
apenas a lembrança
que guarda em seu coração
hoje pude dar.
E do calor de seu amor
aqui vou ficar a esperar
quem sabe um dia
você lembrar.
Balbueno – 21/11/2009

RAÍZES

Raizes criei
no solo do seu amor.
Esse solo transformei em meu
a medida que os frutos amadureciam.
Tudo era primavera,
e eu florescia no amor que já não era seu,
era nosso.
Mas nunca imaginei que o verão viria
trazendo o calor de outros braços para seu corpo,
e o calor de seu amor para outro coração.
Para mim restou o outono,
restaram as lágrimas caindo
como folhas secas.
Depois pensei que voltaria a sorrir,
mas o inverno só me trouxe a lembrança
da sua distância,
do seu silêncio,
e do frio do vazio
de meu coração sem seu amor.
Agora sinto a brisa da primavera chegando,
e sei que florir irei,
que os frutos voltarão,
e quem sabe um pássaro
que por perto voe
traga uma semente,
que solta na terra onde estou,
crie raízes que cresçam
e com as minhas se encontrem
enquanto alegre ele canta.
Balbueno – 21/11/2009

QUE O AMOR VENHA


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SATÉLITE

Orbitando um mundo novo
vou olhando, tirando fotos, recolhendo dados...
E numa falha de sistema
envio as informações para meu mundo,
vazio até mesmo de mim.
E as informações lá ficam aguardando
alguém que as interprete,
alguém que consiga restaurar a falha do sistema...
alguém que consiga alterar minha órbita,
para onde não sei.
Talvez para meu mundo,
talvez para outro mundo,
talvez para o vazio do universo...
E finalmente eu me perca até de mim.
Balbueno – 17/11/2009

CAMINHANDO

Algumas vezes tenho a impressão
de estar caindo pouco a pouco...
sem tocar o chão.
Outras vezes a impressão é de
estar me erguendo pouco a pouco...
sem chegar ao céu.
E assim sigo meu rumo...
caminhando sempre.
Balbueno – 17/11/2009

SAPATOS

Gastos, sujos, cansados...
não descansam, esperam.
Esperam por mim,
esperam para saber o caminho...
que eu não sei.
Balbueno - 18/11/2009

NARCISO


terça-feira, 17 de novembro de 2009

ÁGUAS MORNAS


O fogo pode derreter

um bloco de gelo,

mas sabe que depois disso

seu destino será deixar de existir...

em águas mornas.

Balbueno - 17/11/2009

ACOLHEDOR


PAPEL


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

BELEZA FRIA


Tua beleza fria

encanta minh'alma triste

que sozinha vagueia

na névoa do esquecimento

buscando a lápide onde

meu nome escrito está.

Balbueno - 09/11/2009

EU


Não sou um deus

ou super-herói.

Sou um homem comum,

que entre tantas faltas cometidas,

procura uma virtude

que me ajude a sorrir.

Balbueno - 09/11/2009

domingo, 8 de novembro de 2009

DEIXA


Deixa em teu colo

minha cabeça deitar;

Deixa tua mão

meu cabelo afagar;

Deixa, deixa,

teu carinho eu sentir;

Deixa, deixa,

meu nome eu ouvir

de um jeito que

só você sabe dizer.

Balbueno - 08/11/2009

SABOR DE AMOR