domingo, 22 de novembro de 2009

RAÍZES

Raizes criei
no solo do seu amor.
Esse solo transformei em meu
a medida que os frutos amadureciam.
Tudo era primavera,
e eu florescia no amor que já não era seu,
era nosso.
Mas nunca imaginei que o verão viria
trazendo o calor de outros braços para seu corpo,
e o calor de seu amor para outro coração.
Para mim restou o outono,
restaram as lágrimas caindo
como folhas secas.
Depois pensei que voltaria a sorrir,
mas o inverno só me trouxe a lembrança
da sua distância,
do seu silêncio,
e do frio do vazio
de meu coração sem seu amor.
Agora sinto a brisa da primavera chegando,
e sei que florir irei,
que os frutos voltarão,
e quem sabe um pássaro
que por perto voe
traga uma semente,
que solta na terra onde estou,
crie raízes que cresçam
e com as minhas se encontrem
enquanto alegre ele canta.
Balbueno – 21/11/2009

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