sexta-feira, 30 de outubro de 2009
CAMINHE
Um passo de cada vez.
Sem a certeza de seus medos,
sem a incerteza de minha presença,
um passo de cada vez,
caminhe,
sem pressa,
ao seu tempo.
Caminhe apreciando
as cores do meu céu,
de minhas nuvens.
Sobre as cores de suas águas,
seu mundo,
caminhe,
um passo de cada vez,
na certeza do amor,
permitindo que elas sejam minhas,
que meu céu seja seu,
e que se misturem,
num mundo nosso.
Balbueno - 30/10/2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
JANELAS
O que vejo quando
abro a janela do quarto?
Vejo a rua,
os prédios vizinhos,
o movimento de carros e pessoas...
Posso até ver a expressão
de preocupação,
alegria ou tristeza
em alguns rostos.
Isso é pouco
e não me satisfaz.
Então deixo meu olhar
buscar o céu,
abro a janela do meu coração,
e mais que ver,
consigo sentir,
e fico esperando você
abrir a janela do seu coração.
Balbueno - 29/10/2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
MUNDOS
Lado a lado caminhamos
entre dias, noites e distância.
Por momentos dois mundos
parecem existir - o meu e o teu.
Nessas horas
os dias são cinzentos,
e as noites feias, sem estrelas.
Caminhamos,
e entre nós, o vazio.
Ele não é teu nem meu.
Ele também não é a distância entre nós.
Ele é o espaço
que nossas mãos dadas
devem ocupar,
trazendo a beleza da noite,
as cores do dia,
e um mundo nosso.
Balbueno - 26/10/2009
domingo, 25 de outubro de 2009
DEIXE A GARRAFA PASSAR
Nesse mar que olhas,
deixe a garrafa passar,
não queira meu recado ler.
Ele nada mais é que um
desabafo sem razão de ser.
De arrependimento não serve,
já que arrependimento
só é aceito pela
pessoa que o sente.
Deixe a garrafa passar,
flutuar, flutuar...
até afundar.
E ao afundar,
tendo o mundo mais de um lado,
me fazer perceber que cheguei
em um novo lugar...
Novo como eu.
Balbueno - 25/10/2009
sábado, 24 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
FELIZ ANIVERSÁRIO LIPE.
O tempo passou,
e com ele muitos momentos.
Mas de todos um marcou
muito mais que os outros.
Eu sei que você não deve lembrar,
e por isso vou contar.
Seu primeiro contato físico comigo foi num hospital.
Você era pequeno, frágil, indefeso,
recebendo cuidados, lutando pela vida...
Desde muito cedo foi assim, não é?
Lá estava você deitado, numa “incubadora”,
e eu apenas podendo te ver, e querendo te tocar.
De repente você abriu os olhos, olhou para mim,
e esticou a mão em direção a uma abertura por
onde a enfermeira devia
te alimentar, medicar... eu não sei.
Só sei que ali minha mão coloquei e um carinho te fiz.
Quando a mão fui tirar você segurou meu dedo,
e parecia que te ouvia dizer “fica aqui”.
E eu fiquei, chorei, fiz promessa.
E fui ficando ao seu lado, do meu jeito, sei bem.
Calado, seco, sem saber ser carinhoso,
ou sem saber exprimir meu carinho,
meu amor – e isso só você sabe se eu conseguia fazer.
O tempo passava, você crescia, e isso não te impedia
de carinhoso continuar sendo.
O tempo passou, muita coisa aconteceu.
Eu lembro do dia que deixei você – não mais um bebe,
mas um homem com 18 anos.
Foi quando eu te disse pela primeira vez EU TE AMO.
Demorou tanto, né? Me desculpa.
Hoje estou longe de você,
sem poder te ajudar do jeito que eu gostaria,
e como você deve perceber, ainda seco, calado,
sem saber se consigo exprimir
meu carinho, meu amor,
minha preocupação, minha alegria
quando você telefona – pois é Lipe, eu sei...
quem telefona é você, e entendo bem seu pedido
que sempre vem na despedida quando diz
“pois é pai, qualquer coisa dá notícia”.
E hoje, o bebezinho que com um dia de nascido
segurou meu dedo pedindo para que eu ficasse,
que levou 18 anos para ouvir o pai dizer EU TE AMO,
que aguardou 20 anos para ganhar um abraço no portão
de embargue do Galeão quando estava
voltando para casa, faz 22 anos.
Hoje eu vou telefonar para você,
sem saber se vou conseguir não ser seco,
sem saber se vou conseguir fugir daquelas
frases feitas que todos ouvimos nos aniversários,
sem saber se vou conseguir
dizer novamente EU TE AMO,
mas sabendo que não vou
te dizer que escrevi isso aqui.
A verdade Lipe é que o bebezinho do hospital
virou homem e o pai envelheceu,
com uma vontade enorme de virar bebezinho
e poder pegar no seu dedo para pedir
“fica aqui, eu sinto sua falta... EU TE AMO”.
Feliz aniversário filhote.
Só sei que ali minha mão coloquei e um carinho te fiz.
Quando a mão fui tirar você segurou meu dedo,
e parecia que te ouvia dizer “fica aqui”.
E eu fiquei, chorei, fiz promessa.
E fui ficando ao seu lado, do meu jeito, sei bem.
Calado, seco, sem saber ser carinhoso,
ou sem saber exprimir meu carinho,
meu amor – e isso só você sabe se eu conseguia fazer.
O tempo passava, você crescia, e isso não te impedia
de carinhoso continuar sendo.
O tempo passou, muita coisa aconteceu.
Eu lembro do dia que deixei você – não mais um bebe,
mas um homem com 18 anos.
Foi quando eu te disse pela primeira vez EU TE AMO.
Demorou tanto, né? Me desculpa.
Hoje estou longe de você,
sem poder te ajudar do jeito que eu gostaria,
e como você deve perceber, ainda seco, calado,
sem saber se consigo exprimir
meu carinho, meu amor,
minha preocupação, minha alegria
quando você telefona – pois é Lipe, eu sei...
quem telefona é você, e entendo bem seu pedido
que sempre vem na despedida quando diz
“pois é pai, qualquer coisa dá notícia”.
E hoje, o bebezinho que com um dia de nascido
segurou meu dedo pedindo para que eu ficasse,
que levou 18 anos para ouvir o pai dizer EU TE AMO,
que aguardou 20 anos para ganhar um abraço no portão
de embargue do Galeão quando estava
voltando para casa, faz 22 anos.
Hoje eu vou telefonar para você,
sem saber se vou conseguir não ser seco,
sem saber se vou conseguir fugir daquelas
frases feitas que todos ouvimos nos aniversários,
sem saber se vou conseguir
dizer novamente EU TE AMO,
mas sabendo que não vou
te dizer que escrevi isso aqui.
A verdade Lipe é que o bebezinho do hospital
virou homem e o pai envelheceu,
com uma vontade enorme de virar bebezinho
e poder pegar no seu dedo para pedir
“fica aqui, eu sinto sua falta... EU TE AMO”.
Feliz aniversário filhote.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
ORGASMO
Preso entre suas pernas,
e sentindo você o corpo empurrar contra o meu
me fazendo mais forte e fundo ir,
sou embalado por seus gemidos,
e incentivado por suas unhas em minhas costas.
Então em gozo explodo,
ouvindo seu grito abafado de prazer
anunciar seu gozo também,
e me deixo iludir com a idéia
de que a femea abati.
Balbueno - 11/10/2009
sábado, 10 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
AO SOM DE UM BOLERO
É noite,
e pela rua vazia
eu caminho... vazio.
Já é tarde,
e eu cansado,
vazio caminho para casa.
Durante toda caminhada vazia,
notei ao fundo uma música,
um bolero.
Caminhando fui lembrando
que já te abracei, te beijei,
mas com você não dancei.
Em casa cheguei,
um bolero coloquei para tocar,
e no silêncio de meus pensamentos te imaginei...
Sentada em tua sala, ouvindo um bolero,
me vendo chegar na rua vazia,
tua mão pegar, e te pedir para comigo dançar.
domingo, 4 de outubro de 2009
AQUARIANA
Uma constelação cercada
por uma infinidade de estrelas
que brilham eternamente para ele.
Eu estou aqui...
E só tenho duas estrelas:
teus olhos.
E para que querer mais?
O brilho de teus olhos
ilumina minha vida,
aquece minh’alma,
alegra meu coração...
acalanta o nosso amor.
É...
Eu tenho muito mais
que uma constelação pode ter.
Eu tenho você, linda aquariana,
que sobre mim jogou as águas de seu amor.
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