De pequeno cálice em teu corpo, sobre meu corpo pingou, escorreu, penetrou, e encontrando o caminho para meu coração, dele fez morada. Veneno de nome Amor, és doce e amargo; Causas dor e entregas prazer; Crias a felicidade e o sofrimento; Fundes a posse com a submissão; Proporcionas a visão mais profunda, mas também cega-nos, sabendo ser bom e cruel. Diferente de todos os outros venenos tu não matas, e não te deixas morrer. Tu apenas vives, eterno, alimentando nossos corações, que tal qual viciados, esquecem da razão, e apenas clamam por suas doses, maiores em cada aplicação, para em momentos de puro êxtase poderem sorrir dizendo para o mundo que vivem e amam a ti, veneno. Balbueno – 18/09/2010
Posso em meus ombros transportar o fardo de meus erros, sem vergonha de revela-los. Não queiras porém teus erros disfarçar, com atos ou palavras, tentando para outros tua culpa entregar. Ninguém os carregará, ou tua culpa assumirá. Não te escondas de tuas falhas, nem tentes oculta-las. Ergas tuas faltas, falhas e culpas sobre teus ombros. Com humildade e resignação deixes que sejam vistas, pois são elas que irão mostrar a grandeza do real arrependimento de teus erros. Balbueno – 18/09/2010
As borboletas não precisam voltar simplesmente por nunca terem te abandonado. Elas vivem em você, e para voarem, esperam apenas por nós. Balbueno – 17/09/2010
Feitiços, poções? O que pode um mago fazer para novamente despertar tua paixão? Nada, pois nem a dor que arde nas chamas do arrependimento consegue encantar teu coração. Balbueno – 12/09/2010
Sobre meus textos teu olhar pousa, lê minhas palavras com carinho, e quando em alguns deles retorno, encontro a tinta manchada, sinal de uma lágrima tua que rolou, talvez tentando dizer em silêncio que me ama. Balbueno – 09/09/2010
No carinho de um abraço, no encanto de um sorriso, na sedução de um olhar, na vontade da entrega, bailemos.
Bailemos no descompasso de nossos corações, sussurrando no ouvido um do outro os gemidos que nosso desejo vai tocando.
Bailemos na harmonia de cheiros que nossos corpos vão deixando no ar, perfumando o suor que em nós escorre.
Bailemos no enroscar de nossas línguas, no atrevimento de nossas bocas ávidas pelo bis do gosto de nosso orgasmo, que vem finalizar nossa dança, sob aplausos de nossos beijos. Balbueno – 08/09/2010
Tua lua, coração meu, brilha teimosa no céu. Brilha para o brilho saudoso de teus olhos, que passeia pelo céu, buscando por nós.
Tua lua, coração meu, brilha, pulsa, chora luar, que vai se encontrar com as lágrimas que teu coração, lua minha, derrama em luar sobre o brilho de meus olhos saudosos que também passeia pelo céu, procurando por nós. Balbueno – 02/09/2010
Palavras foram muitas. Ditas, escritas, guardadas. Foram minhas, e foram tuas. Palavras ainda serão muitas. Escritas, guardadas, ditas. E quantas formas as palavras podem usar para se fazer entender? Elas podem ser ditas com o silêncio de um olhar; Elas podem ser lidas na beleza de um sorriso; Elas podem ser entendidas pelas expressões que fazemos quando sem graça ficamos. Palavras e formas de falar, que podemos não querer sentir, dizer, e até mesmo acreditar, mas que não podemos deixar de ouvir quando baixinho e abafado, dentro de nossos corações, gritam dizendo eu te amo. Balbueno – 02/09/2010